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Você já sentiu medo de ser julgada, de ser exposta, mal interpretada ou de ser vista por um outro olhar que não é a sua verdade?

Deixou de se expor com medo de ser julgada?

Eu sinto que essa é uma grande ferida, principalmente de nós, mulheres. Nosso medo de sermos julgadas é genuíno, ancestral e está impresso de alguma forma na nossa memória corporal e celular.

Esse tema precisa ser falado porque é um caminho muito importante de percorrermos, como mulheres, para que possamos nos apropriar de quem somos, e sermos livres para expressarmos nossa luz, força e brilho.

Como eu lido com esse medo?

Quando comecei meu processo de autoconhecimento, eu me deparei com esse grande medo de ser julgada. Durante a terapia, esse era um ponto que me prendia, me limitava e não me deixava expandir. O medo fazia com quem eu fizesse escolhas muito aquém do que eu poderia fazer e, muitas vezes, tomava atitudes que eram incoerentes com meus valores.

Eu tive que mergulhar profundamente nesse medo para fazer vídeos, por exemplo. A internet é um espaço de muito ódio e julgamento. Gravar vídeos semanalmente tem sido um processo de acolher esse medo de ser atacada, muitas vezes porque a internet é esse espaço que também protege as pessoas no sentido de se sentirem mais à vontade de ferir outras sem ter muitas consequências.

Três reflexões para lidar com o medo de ser julgada

Mas como podemos lidar com esse medo que tanto nos paralisa e nos distancia de quem somos? Compartilho com você algumas formas possíveis de abrirmos mão desse medo. São reflexões que faço e têm me ajudado muito.

1) Onde o julgamento mora em mim?

É importante percebermos o quanto desse julgamento mora em nós. “Eu sou uma pessoa muito crítica? Faço muitos comentários que me julgam ou julgam pessoas e/ou situações? Às vezes, posso não verbalizar isso tudo, mas como isso está dentro de mim?

Vemos no mundo aquilo que está refletido em nós. No fundo, o medo de ser julgada é esse espelho. Nessa autoanálise, talvez você descubra que há muito julgamento dentro de você, assim como eu descobri. Quanto menos eu julgo o mundo, menos o mundo me julga. Para eu reconhecer no mundo externo esse lugar, isso precisa estar em mim.

2) Mergulhando mais fundo!

Quando nos deparamos com esse medo, qual é a pior coisa que pode acontecer se essa minha parte for vista ou se fizer essa escolha? É possível que você descubra que o que pode acontecer não é nada muito grave, que você tem recursos para lidar e também que grande parte desses medos venham das narrativas que construímos para nós mesmos.

– Quais são as narrativas reais e quais são as ilusórias?
– Qual é a pior coisa que pode acontecer se eu for descoberta, se essa informação vir à tona? Eu tenho recursos para lidar com isso?

Essas perguntas poderão te ajudar nessa investigação.

3) Abrindo mão de agradar

Não vamos nunca agradar 100% as pessoas. Sempre vamos ter alguém criticando nosso trabalho, postura ou opinião. O segredo, pra mim, foi reconhecer o quanto desse julgamento, dessa expressão crítica mora em mim. Quanto mais eu alivio a julgadora que mora em mim, mais eu posso relaxar, abrir mão e me entregar para a vida e para o que precisa ser feito.

Quanto mais eu dou poder à opinião de alguém, menos poder eu tenho. Esse é um olhar muito bonito de empoderamento. Quanto do meu poder eu coloco na mão das pessoas? Nós podemos acalmar o medo, por exemplo, deixando-o cada vez menor. Refletir sobre isso pode trazer respostas que vão nos ajudar nesse processo.

Como lidamos com qualquer medo? Colocando a mão nessa emoção e vendo que ele não é assim tão assustador. Essas perguntas trazem um lugar mais real, mais concreto, com menos narrativa, menos drama, menos histórias que costumamos contar para nós mesmas.

Preparei um vídeo sobre esse tema. Assista no meu canal no YouTube:

Espero que essas reflexões, que costumo fazer em minha vida, contribuam para você lidar com seus medos de ser julgada.

Se você quer conversar mais sobre isso, me manda mensagem no direct do Instagram, escreve pra mim nos comentários quais são seus desafios em relação a esse tema?

Quer estar mais pertinho e entender mais sobre esse medo ou outros, conheça meus trabalhos Terapia e Terapia Breve.

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