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Você se trata bem? Você tece comentários apreciativos sobre você ou se critica demais? Você está o tempo todo se comparando a alguém ou você reconhece suas habilidades?

Todas essas questões e muitas outras que envolvem o tema autoestima estão muito presentes no meu consultório. Muitas mulheres trazem esse assunto como uma grande dor. Essa também já foi uma grande dor pra mim.

Para mergulharmos nesse assunto, que tal desconstruirmos a palavra autoestima? Temos a ideia de que a autoestima é um lugar a se chegar. Costuma ser uma visão que está muito longe de acontecer e conta com uma carga emocional muito densa. Ela por si só já causa muito sofrimento. A minha proposta, para que seja algo mais palpável é nos aproximarmos do tema. É observar para curar as nossas dores.

Por que temos esse medo? Já reparou que a autoestima é um lugar que dificilmente está no presente? Costumamos colocá-la para o futuro, como:

– Eu vou ter autoestima quando eu perder 10 quilos;
– Eu vou ter autoestima quando eu for promovida;
– Eu vou ter autoestima quando eu tiver um relacionamento bacana;
– Eu vou ter autoestima quando eu tiver dinheiro para comprar um carro.

São muitas condições que surgem quando olhamos para a nossa autoestima. Esse é o ponto que eu quero dar luz. Autoestima é um processo de construção. É algo que a gente faz pouco a pouco. Não é algo que compramos no supermercado, não é algo adquirimos quando vamos a um retiro de mulheres. Isso tudo contribui, mas não é só isso.

Quatro práticas para você cuidar da sua autoestima

Vim aqui trazer um olhar prático para quem quer cuidar da sua autoestima. Trouxe quatro pontos que me ajudam muito a trabalhar esse tema em mim e nas mulheres que atendo.

1) Como você se trata?

Observe suas falas. Quais são as palavras e frases que você usa ao se referir a você?
Como você fala de você pra você? Quais são as frases que você ouve de você mesma ao longo do dia? Exemplos:

Estou dirigindo e faço uma manobra errada. Eu teço um comentário sobre mim ou eu acolho essa ação? Ou diz: “Nossa, como você foi burra agora!”.
Em uma outra situação: Você está diante de uma reunião e não consegue se expressar como gostaria. Você sai e se acolhe dizendo: “Gostaria de ter me expressado melhor, mas tudo bem. Da próxima vez eu consigo”. Ou diz: “Nossa, eu me comunico muito mal mesmo. Não presto pra nada”.

Essas vozes destroem nosso valor. Não contribuem em nada. Como você fala de você pra você? Preste muita atenção nisso. Pra mim, essa é a grande chave para a construção de uma autoestima bacana. Observe de que forma você fala de você mesma.

2) Pare de falar mal de você mesma!

Experimente parar de falar mal de você mesma. Veja se é possível parar um pouco. Quando você começar a falar mal, pare.É um convite para você se observar e colocar em prática ao longo do dia.

3) Comece a tecer comentários apreciativos sobre você

É se elogiar, se incentivar, se colocar pra cima, é testemunhar as construções bacanas que você tem feito por você. Desde se olhar no espelho e comentar: “Adorei o seu cabelo!”; Mandou muito bem na sua escolha!”; “Como você foi persistente!”. É um exercício, uma construção. Tente fazer comentários reais que você realmente sente. Assim não soará falso e será mais fácil.

É algo que não aprendemos em casa. A nossa educação acontece basicamente com o apontamento do erro. É comum que sejamos excessivamente críticas sobre nós mesmas. Tudo nessa vida é treino. Como posso apreciar aquilo que faço na vida prática? E devagarzinho começamos a introduzir novos hábitos.

4) Faça uma colheita dos seus tesouros

Colha e faça uma lista com tudo aquilo que você já sabe sobre você que tem valor, desde aspectos práticos, partes do seu corpo que você aprecia até mesmo partes da sua personalidade, que você acha incrível. Inclusive suas conquistas e como você impacta a vida das pessoas. O que você ouve das pessoas? Pelo que elas te agradecem? Tudo isso pode te contar sobre seus potenciais, suas qualidades, seu valor.

Autoestima é construção do nosso valor. É conhecer quem somos e gostar de quem somos. Não é fazer isso de um lugar idealizado, mas de um lugar possível, humano de quem erra, de quem ousa. Quem não ousa está sempre em um lugar confortável, não erra, está parado esperando. Experimente colher suas pérolas e aprenda sobre você. Talvez você se surpreenda com quem você já é, trazendo essa consciência.

Tem um vídeo que preparei sobre esse assunto:

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