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Você sente que é uma pessoa aberta pra vida? Consegue se entregar para o fluxo dela ou é uma pessoa extremamente controladora?

Como são as suas relações íntimas? Você consegue confiar nelas?

Todas essas perguntas fazem parte do que quero refletir hoje com você. Se entregar para o prazer, para a vida, para o outro (ou outra) e para o desconhecido pode desafiar muitas de nós. Se não consigo me abrir para o outro, não consigo me abrir pra mim. Já pensou nisso?

Trabalhar a entrega é algo muito Feminino. Ela é um grande ato de confiança. Eu só consigo me entregar pra quem eu confio. Eu só consigo me abrir se me sinto segura.

Nossas inseguranças nos ensinam a controlar. O mundo nos pede para termos controle de tudo: da nossa vida financeira, dos filhos, do trabalho, da casa, do parceiro ou parceira.

E nesses tempos de GPS e mensagens instantâneas, controlamos onde as pessoas estão e se demoram ou não pra nos responder.

Se eu não consigo me entregar, nem me abrir, dificilmente vou conseguir ter uma relação amorosa satisfatória porque o nosso prazer está intimamente ligado à nossa capacidade de entrega.

Esse é o primeiro tema que vamos viver na Jornada Vivendo nossa Sexualidade que começa no dia 19 de fevereiro deste ano. Ele é o primeiro porque se não estamos abertas, dificilmente conseguiremos viver nossa sexualidade de forma plena. Se não nos abrimos, como podemos receber alguém dentro de nós?

Como trabalhar a abertura, a entrega e a confiança?

Nós, mulheres, somos receptivas. Recebemos a vida dentro de nós. O nosso corpo é receptivo e a nossa natureza também. E ela fala muito sobre nós e alguns desafios que encontramos no caminho.

Quando uma pessoa está fechada para se relacionar, ela provavelmente está no mecanismo de defesa. Ela não está só fechada para se relacionar com alguém. Muitas vezes isso pode impactar no seu próprio fluxo de abertura, de prosperidade e de abundância, não só financeiro, mas dos recursos necessários pra se ter uma vida mais fluida.

Esse é um desafio presente em muitas de nós. Não pense que está sozinha nessa.

Separei algumas formas de trabalhar esse tema no seu dia a dia.

1) Tome consciência e perceba como é esse tema pra você

Quando você ouve falar sobre isso, o que você sente? Como você vive isso ao longo dos seus dias? É uma pessoa mais aberta ou mais fechada? Quando conhece alguém ou está em uma situação nova, sente que está aberta naturalmente ou desconfiada? Não tem nada de errado nem com uma coisa, nem outra. Essas perguntas são para desenvolvermos novas competências, novas habilidades. E a abertura e a receptividade são habilidades muito femininas.

2) Observe como você lida com os imprevistos

Você é uma pessoa muito controladora? Como é isso pra você? Precisa estar com tudo controlado? Isso gera muita tensão, atrapalha, traz peso pra sua vida?

Observe como você lida com o controle. Muitas vezes somos ensinadas a sermos controladoras.

Nesse momento que a gente vive de mensagem instantânea, de GPS nos celulares, essa habilidade de controlar o outro está ainda mais adoecida. Se eu mando uma mensagem e a pessoa demora pra me responder, muita gente já pensa: “Nossa, será que aconteceu alguma coisa?”. Ou isso vai para o caminho de controlar o parceiro ou parceira.

Controle e insegurança andam muito juntos. Uma pessoa muito insegura normalmente precisa muito controlar pra garantir que está segura. Então abrir mão do controle passa por trabalhar a nossa autonomia, a nossa segurança, o nosso empoderamento.

Observe como você lida com isso e se está pegando pesado demais, se você sente necessidade de fazer algum ajuste em relação a isso. Quando abrimos mão desse controle, nós contamos com a ajuda da vida. Nós dizemos: “Tá, eu confio. Pode me levar. Me leva porque sei que você está me levando para um bom caminho”. Tudo isso acontece quando eu abro mão do controle.

3) Pratique o relaxamento profundo

Sugiro que faça esta prática todo dia antes de dormir.

Pratique o relaxamento profundo. Deite-se, de preferência, no chão e dê comandos de relaxamento para cada parte do seu corpo. Comece nos pés e vai subindo até a cabeça. Vai inspirando e na exalação a gente solta o peso do corpo no chão. Quando liberamos tensões musculares nosso corpo entende que não tem perigo ao nosso redor e pode relaxar.

Dizemos pra ele que estamos seguras. Essa é uma boa prática de soltar o controle. Quando conseguimos soltar o peso do corpo, as tensões, estamos numa posição de entrega e confiança. Pratique por algum tempo e veja como se sente. É muito legal trazer o corpo como aliado no processo de mudança e de autoconhecimento

As nossas tensões têm a ver com o medo. Com estar em perigo. Nosso corpo reage automaticamente ao perigo, mesmo que seja um perigo ilusório. Por exemplo, eu estou pensando em alguém que preciso conversar, e essa conversa me traz tensão. Logo vou contraindo minha musculatura, meu corpo vai entendendo que estou em perigo. E isso gera um bocado de estresse. Quanto mais eu disser para meu corpo: eu estou segura, eu me sinto segura, mais ele pode relaxar, se entregar e fluir com a vida.

Assista ao vídeo que fiz sobre o tema:

Prazer e jornada de Sexualidade

Quando aprendemos a nos entregar, comunicamos à vida que estamos abertas a receber.

Também podemos aprofundar os níveis de prazer do nosso corpo.
Só é possível ter essa experiência se estamos presentes, abertas, entregues, disponíveis.

Se você tem vontade de aprofundar nesse tema, te convido a conhecer a Jornada Vivendo nossa Sexualidade – um caminho gentil de se apropriar de nós e da nossa potência. Saiba todas as informações no meu site da jornada! Estou disponível pra tirar qualquer dúvida.

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