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Você já sentiu ou sente inveja? Sente que é uma pessoa invejosa?
Ou você sente que tem muitas pessoas invejosas ao seu redor?

Olhar para a inveja costuma causar desconforto e resistência em muitas pessoas. É provável que você já tenha vivido experiências com ela. Eu já vivi bastante, em níveis diferentes, e também ao sentir na pele, ter estudado e acompanhado muitas mulheres no meu consultório. Meu objetivo com este texto é que eu possa contribuir para você se olhar com carinho, se autoconhecer e saber onde esses pontos moram em você.

A inveja é um tabu na nossa sociedade. Isso acontece porque também é um tema muito combatido pelas religiões. E eu gosto muito de trabalhar e falar sobre esse assunto porque trabalhar com tabus é trabalhar com liberação em muitos níveis.

Falar de inveja costuma causar diversas sensações dentro de nós. Quando trago esse tema, como você se sente?

Dá vontade de sair correndo? Sente curiosidade para saber o que eu vou te contar? O que você sente agora enquanto lê este texto?

Falar de inveja é falar de uma dor ancestral. É falar da dor de muitas mulheres. É também falar de uma sombra, algo intocável, que fica à margem, que não nos permitimos tocar.

Isso costuma acontecer porque aprendemos desde pequenas que sentir inveja é muito feio. Quem sente inveja é considerado mau. Costumamos entender que quem tem inveja quer o mal do outro.

Inveja só deixa de ser tabu quando olhamos para ela e trabalhamos tudo isso dentro de nós.

A inveja faz parte da sua vida?

– Já sentiu inveja de alguém?
– Olhou para algo que alguém tinha e desejou profundamente aquilo?
– Já olhou para o estado emocional de alguém e sentiu inveja?

Quero ampliar o olhar, sair do raso e ir além da inveja de algo físico que o outro tem. Muitas vezes nossa inveja está em algo imaterial que o outro tem. Já pensou sobre isso?

Esse é um tema muito recorrente na minha vida e eu lido com ele de várias formas.É muito interessante olhar porque eu não me sinto uma pessoa invejosa, mas muitas vezes me disseram, em leituras de cartas, ou centros que frequentava, que tinha muita inveja no meu campo energético.

Ao ouvir isso, eu ficava muito intrigada, desconfortável, com medo e não entendia o motivo. As pessoas também me contavam que tinham inveja de mim. Inveja é essa energia que alguém direciona pra gente e fica em algum lugar em nosso campo.

Ao mesmo tempo, desde cedo eu fazia esse exercício da autorresponsabilidade. Se algo vem pra mim é porque eu tinha algo disso em mim. Não foi fácil entender onde a inveja estava em mim. Não era óbvio. mas acabei encontrando.

Precisei mergulhar muitas vezes em mim. E fui descobrindo muitas coisas. Descobri que sentia muita inveja de pessoas com uma vida financeira estável. Eu nunca tive registro em carteira nem um emprego que me desse estabilidade. E percebi que tinha inveja dessas pessoas que tinham uma vida estável.

Descobri também que sentia inveja de pessoas que tinham viajado para muitos lugares do mundo. Porque eu adoro conhecer pessoas e outras culturas e eu viajei pouco para fora do país. Não era um pesar do outro ir, mas era vontade de ir também.

Importante falar dos espectros da inveja. Ela pode ser prejudicial quando desejo o mal para o outro. A inveja pode ser nociva. Direciona para o outro uma energia que não é boa, que não contribui. . Tudo aquilo que eu lanço para o universo, eu tenho que colher o resultado dessa ação. É a lei de causa e efeito. E, no fundo, estou desejando isso para mim. Se eu desejo mal pro outro, isso, de alguma forma vai voltar pra mim.

Já a outra polaridade é o olhar apreciativo. Exemplo: “Nossa, que incrível! Ela tem algo que eu não tenho, mas eu celebro por ela”. São muitas nuances.

Outro ponto que invejava: as pessoas que tinham muita clareza de propósito e que sabiam o que queriam do futuro. Isso pra mim era sempre uma incógnita, algo obscuro. Eu não sabia a minha missão na Terra. Por muitos anos, vivi com essa angústia. Quando eu via essas pessoas que tinham essa clareza das metas, propósitos onde estariam daqui a cinco, dez anos. Eu achava isso tão incrível! Como essas pessoas conseguem? Pra mim, uma visão clara e precisa é difícil até hoje.

Ao longo da minha investigação, percebi que a minha forma de enxergar meu futuro não acontece por imagens, e sim por sensações. Eu demorei muito para entender isso.

Eu gosto de entender a inveja desde a energia ruim até um olhar de inspiração. No ponto de se inspirar: qual é a sua forma de conquistar isso que o outro conquistou? Não somos o outro. Não podemos querer ter o que o outro tem. Não há problema em ter ambição, de querer mais, mas é importante saber o que é pra você. É sobre a sua natureza.
No meu caso, não tenho uma natureza que enxerga o futuro por imagens, mas tenho por sensações. Se eu quiser ver por imagens, eu vou me frustrar.

Como olhar a inveja sem tabu?

Qual é a sua natureza? Busque o seu jeito! Preparei três olhares pra começarmos a olhar a inveja sem tabu. É olharmos para ela como ela é.

1) Nomeie a inveja e tenha consciência

Se você sentir inveja, nomeie. Pergunte-se: Por que estou sentindo isso? Onde isso está em mim? Onde vejo isso? Diga para você. “Eu senti inveja de tal pessoa por causa deste motivo”. Ao olhar para isso, entenda qual é o seu jeito de conseguir o que quer.

2) A inveja e a apreciação são o mesmo pulso emocional

Quando você sente inveja, o que você está apreciando? Tenha clareza de que inveja e apreciação têm o mesmo pulso emocional, mas são polaridades diferentes. É possível tornar uma polaridade densa em uma polaridade sutil? Observe.

3) Se acolha

Se acolha nessa sensação de sentir inveja. Está tudo bem em sentir isso. Não há nada de errado. No fundo, ela é um desejo de melhorar. Uma pessoa que não quer mudar, que não deseja expandir, permanece a vida inteira do mesmo jeito. E pode ser que isso seja bom ou não. O processo de se desenvolver é muito rico. No meu caso, sinto que isso me torna uma pessoa melhor a cada dia.

Quando eu digo pra mim que está tudo bem, surge uma sensação dentro de mim que diz: “Uau, está tudo bem ser quem eu sou”. E aí assim, quando tudo está acolhido, eu posso fazer um movimento de mudar algo, se achar que preciso, claro. Quanto mais nos acolhemos e fazermos as pazes com quem somos, mais energia teremos para nos tornarmos quem queremos ser.

Quando olhamos com carinho pra gente, nós acolhemos nossa humanidade. Quanto mais colocamos nossas emoções num lugar de sombra, menos paz teremos, mais traremos ruído para o mundo, menos estaremos em contato com a nossa alma.

Assista ao vídeo que fiz sobre inveja:

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