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Você já ouviu falar em sororidade? O que sente quando ouve essa palavra? Por que esse tema é tão importante para ser colocado em pauta nas nossas conversas como mulheres?

Competição entre mulheres é um dos desafios atuais da humanidade. Trabalhar isso é algo que precisamos fazer para criarmos um mundo mais gentil, com relações entre mulheres mais seguras e confiáveis.

Na internet, vemos tantos conteúdos incríveis e outros que buscam minar nosso poder como mulheres. Que tal trabalharmos o lado positivo do mundo online para nos conectarmos em harmonia, amor, alegria e lealdade?

Sororidade é algo como “amor entre irmãs”. “Soror” significa irmãs, afetuosidade entre mulheres. Sororidade é um espaço de irmandade. Apesar disso, ainda vemos relações entre mulheres com competição velada. Relações que estão cheias de inveja.

Quando uma revista coloca um corpo como exemplo a ser seguido na capa, no modelo “padrão” que seria mais “aceito”, ela objetifica e estimula que outras mulheres sejam como ela. A mídia traz esse estímulo para sermos outra mulher, e nos perdemos de nós mesmas e da diversidade que somos. Nossos corpos são diversos com nossas cores e personalidades. Precisamos falar disso e construir um mundo com essa diversidade,  fazendo com que esse tema seja mais natural entre nós.

A competição entre nós é imposta para rompermos a nossa parceria, para que a gente perca nossa orça. Sabendo disso, adotar novas formas de nos relacionar entre mulheres é um caminho para que a força volte. Que sejamos colo quente entre a gente.

Sugestões para trabalharmos a sororidade

A escritora Jean Shinoda Bolen fez um convite para que nós, mulheres, estejamos em círculo e façamos círculos de mulheres. O livro dela chamado “O milionésimo círculo” diz que quando um milhão de círculos existirem no mundo, viveremos um novo modelo na sociedade que terá, como base, a liderança circular, na não hierarquia, na troca genuína, na partilha. Esse convite é muito gentil e delicado.

Sempre busco empreender esse aprendizado a cada Círculo de Mulheres que chamo. É isso que me motiva. Precisamos experimentar novas formas de nos relacionar umas com as outras – não pela competição e pela inveja, mas com apreciação e gentileza.

Preparei três formas para trabalharmos a sororidade em nosso dia a dia. São alguns caminhos de investigação: 

1) Pare de competir

É muito importante percebermos quando estamos competindo com uma mulher. Observe se você escolhe suas roupas, por exemplo, para competir com outra mulher. Observe onde está a competição em você. É importante apurarmos o olhar.

Perguntas para autoinvestigação: 

  • Quando eu faço o que eu faço, é uma necessidade de me sentir superior a alguém?
  • Onde a competição com a mulher está em meu dia a dia? 

Observar nossos pensamentos, o motivo da competição, colabora para entender a origem o que está por trás dela. Assim podemos aprender sobre o que sentimos e isso é fundamental no processo de autoconhecimento. –

2) Observe se você tem inveja de outra mulher

Inveja é um tema que ainda é -cheio de tabu, mas muito vivido entre nós, mulheres. 

Pode ser bem óbvio, como “Quero aquele trabalho que ela tem”; “Quero aquele namorado que ela tem”…Ou algo muito velado que é cobiçado de forma mais disfarçada. Se por acaso você se perceber sentindo inveja, desejando algo de outra mulher, preste atenção sobre o que esse sentimento de inveja diz sobre você.

Exemplo: se você desejou o sapato da outra mulher, o que no fundo você está desejando? É o sapato ou o que aquele sapato traz para aquela mulher? Talvez você deseje aquilo que o objeto traz para essa pessoa. Quando a mulher usa esse sapato, ela fica mais atraente, sedutora, poderosa? Observe: esse desejo ou sentimento já está em você? Trabalhar com a inveja é algo que precisamos fazer para ter um mundo mais gentil com relações entre mulheres mais seguras e confiáveis.

Eu só reconheço aquilo que conheço. Se eu vejo poder em outra mulher é porque em algum nível aquele poder já mora em mim, mesmo que eu ainda não reconheça.

3) Traga seu olhar apreciativo para outra mulher

Quando eu entro em competição ou sinto inveja de outra mulher, é muito provável que eu esteja vendo a minha luz refletida nela de alguma forma. É muito bonito e importante elogia-lá. Diga isso a ela.

Exemplo disso: “Eu vejo em você uma beleza que encanta”; “Eu vejo em você uma inteligência que me inspira”; “Você tem traços em sua personalidade que me inspiram quando vejo”.

Ao trazermos esse olhar e ao compartilhá-lo, nós empoderamos a outra pessoa. Quando empoderamos outra mulher, nós também  nos autorizamos a nos apropriarmos do nosso poder.

Eu acredito num mundo gentil e generoso, em que podemos ser colo quente e que podemos deixar esse legado para nossas filhas. Mulheres que se apreciam, que se apoiam. Esse é um sonho que trabalho muito desde o meu primeiro círculo de mulheres: de construir um mundo diferente, onde homens e mulheres vivam em harmonia.

Quer se aprofundar mais sobre esse assunto? Preparei um vídeo sobre sororidade, falo dessas 3 sugestões e detalho mais o contexto histórico.

Conta para mim, aqui nos comentários, o que você acha sobre esse tema, como você o sente no dia a dia, se é natural para você viver a sororidade ou não. Compartilha comigo!