Como a sua educação impactou a sua sexualidade?
Você teve uma educação castradora?
Sente que sua educação impactou a liberdade de se expressar e de viver o prazer?
Mesmo quem não teve uma educação conservadora de alguma forma sente o impacto de uma cultura conservadora.
A educação que recebemos influencia muito a forma como vivemos nossa sexualidade hoje.
Gosto muito de mergulhar nas nossas histórias de vida para entender a forma que vivemos a nossa sexualidade. Trazer esse assunto para conversarmos e refletirmos faz muito sentido para mim pessoalmente e profissionalmente. Isso porque já senti na pele a transformação de olhar para ele.
Sabia que a história da nossa nação impacta a forma que vivemos? Nosso país tem uma contradição sistêmica na relação com a sexualidade. De um lado, os povos originários livres com seus corpos e, de outro, os imigrantes com tanta influência das religiões judaico-cristãs – cheios de pudor e tabus.
Quando olhamos para isso, ampliamos o nosso olhar. É importante também olharmos para a educação que tivemos.
Exercício de observação: como nossa educação impacta a nossa sexualidade?
Preparei três sugestões para você se aprofundar na forma que vive a sua sexualidade.
1) Observe como foi a sua educação em relação à sexualidade
Como você recebeu a sua educação sexual? Olhe pra sua história, pra sua família e tome consciência de como o tema da sexualidade era vivido quando você era criança. Observe sua família e veja como isso conta sobre a sua sexualidade hoje.
- Viveu uma educação que trouxe a sexualidade como pauta em algum momento?
- Como seus pais viveram a sexualidade deles? O que aprendeu, além da educação nas escolas e os pais com esses saberes?
- Como seus pais receberam essas informações e como isso foi vivido dentro da sua família?
2) Nomeie quais tabus você tem em relação a sua sexualidade
Você tem consciência dos tabus e crenças quando o assunto é sexualidade? Quais são eles? Te convido a nomear todos os tabus que você conseguir nomear. Anote. Nem sempre é algo tão claro, mas quando trazemos um olhar para dentro de nós e fazemos essas perguntas para o nosso corpo, as informações e respostas podem vir para a consciência. Esse é um grande passo para quem quer ter uma sexualidade mais livre.
3) Faça uma lista com as frases que compuseram a sua sexualidade
Somos reprimidas na expressão da nossa energia sexual desde meninas. Algumas frases que ouvimos ao longo da nossa vida que limitaram não só a nossa sexualidade, como a nossa vida em geral:
“Menina, fecha a perna!”; “Senta direito!”; “Não ria demais”; “Não se mostre demais!”; “Não use essa roupa!”.
Faça uma lista com frases que você ouviu ao longo da sua vida que impactaram direta ou indiretamente a sua sexualidade. Sinta como elas impactaram a forma como você vive sua sexualidade.
Expressar a nossa autenticidade passa por olhar essas frases e ressignificá-las. Trabalhar a sexualidade impacta a nossa autenticidade.
Nossa educação diz muito sobre a forma como lidamos com a nossa sexualidade hoje. Revisitar essas memórias pode nos trazer grandes sacadas e deixar nossa vida mais leve.
Assista ao vídeo que falo mais sobre esse assunto:
Um convite a Jornada Vivendo nossa Sexualidade
Olhar para esse tema, sem dúvida, já traz muitas liberações.
Trabalhamos muito para nos sentir seguras, para nos mostrarmos mulheres sexuais. Esse tema da educação castradora e a relação com a nossa sexualidade é um dos que vamos trabalhar na Jornada Vivendo nossa Sexualidade, a partir do dia 19 de fevereiro. Se quiser saber mais, tem mais informações no site da Jornada.
Se você não se conecta com o trabalho em grupo, também podemos fazer um trabalho individual e podemos marcar uma conversa. Mande uma mensagem pra mim no meu Instagram.
Se tiver dúvida sobre e quiser mandar sugestões de outros temas, manda mensagem pra mim também.
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– O que aprendi quando trabalhei a minha sexualidade?
– Você sabe dizer não?