fbpx

Você tem ou já teve medo de engravidar?
Eu vivi isso por muito tempo. Comecei a minha vida sexual relativamente cedo. E tinha esse medo muito presente.

Era algo presente, mas não tinha ideia o quanto o meu medo de engravidar na adolescência impactava a minha relação com a sexualidade na vida adulta, mesmo estando em um casamento.

Eu tinha medo de engravidar porque eu vivi experiências com algumas amigas próximas que engravidaram muito cedo (com 15, 16 anos). E elas viveram momentos de muito julgamento e apontamento. A mulher quando engravida fora do casamento ou antes de se casar é muito julgada na sociedade em que vivemos.

Ainda hoje muitas religiões estimulam a virgindade como um valor. E a gravidez deflagra que somos seres sexuais, que praticamos sexo antes de casar. Na minha investigação pessoal, e a partir da experiência de muitas mulheres que acompanho, percebo que parte da nossa dificuldade de nos entregar para o prazer e de nos conectar de forma mais profunda com nosso parceiro ou parceira passa pelo medo que temos de engravidar. Esse medo não é só o de ter uma criança e bancar um filho. É um medo de sermos expostas, julgadas e excluídas.

E ninguém quer passar por um momento de exposição. É fato que uma gravidez expõe a mulher. Se não estamos em um relacionamento sério e não casamos, viver uma gravidez é ser exposta a um possível julgamento externo em uma sociedade que é muito cruel com a nossa sexualidade.

Reflita: “Como o medo de engravidar impacta a minha sexualidade?”. Faça essa pergunta mesmo que você não tenha mais medo de engravidar, que você possa bancar um filho e abrir esse espaço na sua vida. Como esse medo de engravidar no começo da sua vida adulta pode te impactar ainda hoje? Te convido a pensar sobre isso.

Assista ao vídeo que fiz sobre esse assunto:

Se você vive ou viveu isso, me conta. Gostaria de ouvir outras vozes e percepções sobre o tema. Te convido a ficar mais pertinho dos conteúdos que produzo, e a me contar quais outros conteúdos você gostaria de acompanhar por aqui. Vou gostar muito de trocar e aprofundar quais são as suas dúvidas e inquietações dentro do seu processo de autoconhecimento.

Leia também: 
Sexualidade e medo: você se sente livre pra ser você? 
Autonomia emocional: liberdade e prazer nos relacionamentos