Você se sente livre pra ser quem você é?
Você se considera uma pessoa espontânea?
Você se sente livre pra expressar sua sexualidade e sua sensualidade sem medo?
Muitas vezes nós somos as próprias controladoras da nossa expressão autêntica e livre. Em muitos momentos, isso acontece por conta do medo do julgamento.
Temos muito medo do que o outro vai pensar. Aprendemos muito cedo sobre isso. No meu caso, aprendi muito sobre como tolher a minha expressão para não mostrar de fato aquilo que estava sentindo. Tendemos a disfarçar o que sentimos
O medo do julgamento e da inadequação é algo que só nós mesmos podemos trabalhar em nós. Ele tolhe a nossa espontaneidade, a nossa sensualidade, a nossa sexualidade e a nossa expressão no mundo. Isso inclui a forma como nos relacionamos e nos autorizamos a ser ou não ser.
Quando o assunto é sexualidade, temos ainda mais medo de sermos julgadas. O que percebo em muitas mulheres é que começamos nossa vida sexual com repertório focado em performar. Aprendemos a performar nas nossas relações sexuais e no flerte, por exemplo. Esse ato nos desconecta da nossa espontaneidade, da nossa essência, daquilo que é natural em nós.
Caminhos para trabalhar a liberdade de ser você
Quero deixar três sugestões, caso queira trabalhar a liberdade de ser quem você é.
1) Reflita sobre as consequências do julgamento
Qual é a pior coisa que pode acontecer comigo se eu for julgada? Reflita sobre essa pergunta. Observe. A próxima vez que você fizer qualquer coisa e ficar com medo do julgamento, pense nisso: “Qual é a pior coisa que pode acontecer comigo se eu for julgada?”.
Muitas vezes fantasiamos demais sobre o que o mundo acha, pensa, sabe sobre nós e o que isso implica de verdade na nossa vida. Observe o quanto desse medo é real, ou quanto ele pode ser uma distorção. Seja real, ou uma distorção, você consegue lidar com o julgamento se ele realmente acontecer?
Muitas vezes esse medo é da nossa criança – faz parte dos nossos medos mais infantis. E as crianças que moram dentro da gente, muitas vezes não sabem lidar com situações de exposição.
2) Identifique as vozes que falam com você
Muitas vezes, quando queremos nos expressar, ouvimos “vozes”. Que tal identificar de quem são? Muitas vezes são vozes da nossa família, frases que tolheram nossa expressão quando crianças/adolescentes. Como elas impactam sua vida?
O que você precisa para se tornar uma pessoa mais espontânea? O que você pode fazer para entrar em contato ainda mais com sua espontaneidade? Observe essas vozes. Elas dizem muito sobre o quanto nós tolhemos a nossa expressão como mulheres e a nossa relação com o prazer também.
E essa relação que temos com o prazer está muito ligada à nossa espontaneidade. Quando crianças, buscamos naturalmente o prazer. E nós recebemos muitos nãos em relação a ele ao longo da nossa vida, e abafamos essa naturalidade..
3) Dance
Escolha uma playlist que tem muito a ver com você. Músicas que falem sobre sua essência, sua alegria, sua expressão mais autêntica. Dance. Observe essa dança e veja se é possível dançar sem performance. Deixe esse corpo se expressar de forma muito livre.
Escolha um ambiente em que você tenha certeza que ninguém vai te interromper. Feche a janela, tranque a porta. Separe um tempo para fazer isso. Precisamos ter esse cuidado porque muitas vezes, quando achamos que tem alguém olhando, mudamos a nossa expressão.
Observe como é a espontaneidade dessa dança. Veja se é possível dançar com essa fluidez, com essa criatividade de movimentos, que pode brotar da sua expressão mais autêntica.
Muitas vezes nos falta repertório para explorar nossa espontaneidade, outras vezes muitas vozes nos controlam. Devagarzinho podemos ir silenciando essas vozes e nos autorizando mais a experimentar essa liberdade – muitas vezes tão assustadora – de sermos quem somos.
Mas é tão bom poder dançar livremente a nossa essência!
Assista ao vídeo que fiz sobre esse assunto:
Talvez essa dança possa trazer novos repertórios. Perceba. É muito bom quando dançamos na vida de forma espontânea sem medo do julgamento externo. Somos uma mistura de coisas incríveis e outras que não são tão incríveis. Todos nós somos luz e sombra. Temos coisas que gostamos e não gostamos dentro de nós. E, quando olhamos pra isso, fica muito mais fácil acolher.
Se você quer explorar isso tudo em um ambiente seguro, me chama que eu posso te apoiar nesse processo. Mande uma mensagem pra mim via mensagem direta no Instagram.
Leia também:
– Educação castradora: o impacto na nossa sexualidade
– Já sentiu medo de ser uma mulher sexual?