Você se sente sobrecarregada?
Como está lidando com o trabalho, as aulas online e tudo o que tem acontecido neste ano? Tá puxado?
Você tem ideia de quantos papéis diferentes você administra num único dia?
Uma das maiores queixas que tenho recebido no consultório nos últimos meses é a dificuldade de administrar (com eficiência) os muitos papéis que exercemos como mulheres.
Somos mães, filhas, esposas, namoradas, amantes, profissionais, donas de casa, amigas, entre outras. Fazemos também diversas funções: cozinheiras, faxineiras, administradoras, organizadoras, fazemos compras, cuidamos do lazer, da agenda, tudo isso e ainda somos profissionais…Ufa! Só de imaginar e ler tudo isso, cansa, né?
Já era difícil de dar conta. Com a pandemia, ficou mais desafiador.
Sugestões para refletir sobre o excesso de tarefas
Como estamos vivendo a avalanche de ações que temos que dar conta todos os dias? Tem sido bem difícil pra mim. Tenho conversado também com muitas mulheres que têm falado sobre esse acúmulo de funções.
Quero trazer consciência sobre esse tema por um caminho mais leve nos nossos processos de autoconhecimento. Por isso, trouxe três sugestões pra sua reflexão. São pontos que costumo olhar com frequência no meu dia a dia.
1) Faça uma lista dos papéis e funções que você tem
Olhe para todos os papéis e funções que você desempenha, pegue papel e caneta e responda: “O que é da minha responsabilidade? O que só eu posso fazer? O que eu faço porque tenho hábito? Esses papéis estão equilibrados?”.
Quais deles você tem mais prazer em exercer? E o que você tem menos prazer? Veja se é possível aumentar o espaço dos papéis e funções que te dão mais prazer.
2) Tome consciência de como você administra esses papéis e funções.
É possível pedir ajuda e delegar parte dessas tarefas?
Pense nisso. Se não for possível, um dos caminhos é olhar para dicas de organização.
Observe. Às vezes temos dificuldade de pedir ajuda. Ou porque não aprendemos ou porque achamos que vamos ser tachadas como fracas. Se for possível, faça. Vai te trazer leveza.
3) Observe qual é o seu nível de autoexigência
Ela é muito alta? É possível que sim. Somos muito exigentes com nós mesmas.
E achamos que somos invencíveis. Somos ensinadas a isso. Temos um estímulo social pra dar conta de muito mais coisas do que precisaríamos dar.
Observe se seu nível de autoexigência é alto demais. Se sim, é possível pegar mais leve com você? É possível abrir mão de algum desses papéis ou funções?
Se você entender que tem um nível alto de exigência, a minha sugestão é que você pegue mais leve com você. E veja se é possível abrir mão de algum desses papéis. Preciso exercer todos esses papéis com excelência? Preciso ter esse nível de perfeição? Não somos perfeitas. É uma grande ilusão acharmos isso. E quanto mais humanas, mais fácil será de administrar.
Sobre nossas responsabilidades
Nós, mulheres, fomos pro mercado de trabalho, mas acumulamos funções. Além disso, temos uma natureza multitarefa. Fazemos muitas coisas ao mesmo tempo e muitas vezes não percebemos nosso cansaço e a nossa necessidade de descanso.
Nós somos as responsáveis por conhecermos nossos limites e necessidades e comunicá-los pra quem convive com a gente.
Se não sabemos, fica difícil respeitarmos os nossos limites e também nos fazermos respeitar.
É bom lembrar também que, em vários momentos, nos sentimos sobrecarregadas e exaustas porque não queremos compartilhar tarefas. Não temos tempo, nem paciência pra ensinar pra que alguém nos ajude. Ou porque achamos que, se não fizermos, não vai ficar bom.
Observe um pouco como é essa dinâmica dentro de você na sua casa e em outros lugares que ocupa. Às vezes, nosso acúmulo de atividades fala mais da nossa incapacidade de ensinar, de fazer as coisas em outro ritmo que não o nosso.
Assista ao vídeo que fiz sobre o tema:
Deixo aqui essas reflexões e fico com muita vontade de ouvir, como é pra você administrar esses muitos papéis e funções no dia a dia?
Se sentir que precisa de apoio e que posso te apoiar de alguma forma nessa investigação, um dos trabalhos que ofereço é o Coaching do Feminino, em que podemos explorar essas e outras questões com muita gentileza e carinho.
Leia também:
– Você sabe dizer não?
– Como podemos nos sentir boas o suficiente?