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Como é sua relação com seu corpo? Ela te dá prazer ou te aprisiona?

Você gosta de você quando se olha no espelho?
Quais são suas dores em relação a esse tema?

Você consegue sentir prazer em habitar o seu corpo?

Trabalhar todas essas questões na relação que temos com o nosso corpo é fundamental no caminho do autoconhecimento. Curar as feridas é importante para termos uma sexualidade gostosa e verdadeira; para sermos livres também para lidar com ela.

O que acontece é que a nossa relação com nosso corpo é forjada por muitos mecanismos de controle. A repressão da nossa sexualidade e os padrões de beleza impostos pela mídia nos deixam inseguras e distantes do nosso poder e da nossa força.

Esse é um tema que cria um bocado de contradições. Em um primeiro momento, acessamos muita dor. Isso porque, metafisicamente, guardamos muitos traumas e experiências doloridas no nosso corpo. Ao movimentá-lo, fazemos com que essas memórias se soltem e que as nossas emoções fluam.

Esse tema faz parte de todos os meus trabalhos de autoconhecimento. E por ele eu me transformei muito porque a minha relação com o corpo sempre foi muito desafiadora. Cresci uma menina que sempre esteve no endocrinologista porque não estava “no padrão”.

Não fui uma criança obesa, mas era gordinha. Por isso, esse tema sempre trouxe muita dor e sofrimento pra mim. Fazer um trabalho de olhar profundamente para o nosso corpo é fundamental pra nos apropriarmos do nosso poder e da nossa sexualidade. Foi isso que aconteceu na minha jornada de autoconhecimento e que compartilho com você.

Sugestões para se relacionar com seu corpo de forma mais gostosa

Trouxe algumas sugestões para começarmos a movimentar esse tema.

1) Quais comentários você faz sobre sua imagem?

Observe como isso acontece. Não só aqueles que você faz quando olha no espelho, mas quando você está trocando de roupa, quando se vê nua, quando se relaciona com seu corpo no banho, no dia a dia.

Quais comentários você faz sobre seu corpo? A minha sugestão é que você observe e depois deixe de fazer esses comentários que depreciam sua autoimagem.

Essa autocrítica é muito comum em nós. Fomos treinadas para nos compararmos com corpos que são considerados padrão. Olhamos para o nosso corpo e automaticamente temos outra referência considerada esteticamente melhor do que a nossa e surgem essas comparações que nos levam para um lugar de muito desempoderamento de quem somos.

2) Faça carinho em você mesma

Ao longo do dia, faça carinho em você intencionalmente. Pare um pouco e diga pra ele: “Eu te vejo”. Muitas vezes tratamos nosso corpo como escravo. Atendemos todas as necessidades e por último olhamos para o nosso corpo.

Muitas vezes deixamos de comer para trabalhar, de fazer exercício físico porque a rotina nos engole. Muitas vezes deixamos de ouvir nosso corpo: o que ele precisa? De descanso, de carinho, de algum alimento específico? Afague seu corpo ao longo do dia e o veja. Quando a gente vê algo, metade da transformação acontece.

3) Separe um tempo para um ritual de autoamor

Sugiro que inclua esse ritual na sua lista de promessas para este ano.
Eu gosto muito de tirar um dia da semana, pelo menos, pra ficar comigo. Uma horinha onde eu me recolho. E, pra fazer isso, escolho o momento do banho. Tome banho no escuro com luz de velas, um sabonete com perfume bem gostoso, hidrate o seu corpo massageando e sentindo a sua pele. Se entregue afeto. Esse é um momento de autonutrição e autocuidado.

É um momento em que eu me autorresponsabilizo pela minha prática de autocuidado. Como você ouve esse convite? Nós somos responsáveis por abrir espaços na nossa agenda para cuidarmos de nós, para nos olharmos, para cuidarmos desse corpo que nos é tão caro e é nosso veículo de manifestação nesse mundo.

Fazer as pazes com nosso corpo é fundamental para quem quer se apropriar de si, viver uma sexualidade gostosa, livre.

Eu demorei muito para entender essa relação gostosa com meu corpo. Pra mim, sempre foi difícil. Demorei muito para habitar meu corpo com gostosura. Gostar do nosso corpo no fundo é um verdadeiro ato revolucionário. Dizer não aos padrões que aprisionam, ter liberdade de ser e expressar o que sentimos sem vergonha e medo é libertador.

Assista ao vídeo que fiz sobre esse assunto:

Jornada Vivendo nossa Sexualidade

Quanto mais à vontade estamos com nosso corpo, mais podemos nos sentir livres pra vivermos nossa sexualidade sem medo.

Se você tem vontade de aprofundar nesse tema, te convido a conhecer a Jornada Vivendo nossa Sexualidade – um caminho gentil de se apropriar de nós e da nossa potência.

Se você tem vontade de participar de um trabalho como esse, te convido a conhecê-lo.

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