Quando começamos a nos aproximar do tema do “Feminino”, um universo desconhecido se abre para nós. Ele é desconhecido e, ao mesmo tempo, familiar. Acessamos um bocado de informações.

Algumas mulheres se aproximam desse assunto por diferentes motivos: porque um terapeuta indicou, porque se sentem atraídas por esse tema ou até mesmo porque sentem aversão por ele.

Mas por que aversão? Pra algumas de nós, é difícil a ideia de trabalhar o Feminino porque, de alguma forma, acham que precisam romper com seu Masculino. Tem um equívoco importante pra gente olhar, colocar luz e desfazer.

Pra mim, trabalhar o Feminino é encontrar o equilíbrio desses dois princípios (Feminino e Masculino / Yin e Yang) dentro de mim e na minha atuação no mundo.

Como eu vejo o princípio feminino e masculino?

Pra que você possa entender mais sobre o equilíbrio entre o masculino e o feminino, é importante que você saiba as características de cada um. O feminino tem as seguintes características: o acolhimento, a escuta, o silêncio, receptividade, o escuro, o não fazer, a não ação, a contemplação. É esse espaço enigmático que acessamos quando nos conectamos com nosso mundo interior, onde nossa intuição mora.

Já o masculino, pra mim, é a ação, o fazer, a visão, o planejamento, a estratégia, a estrutura, é a luz, o sol, a energia pra fora. No taoísmo, também são conhecidos como Yin – princípio feminino e Yang – princípio masculino.

Trabalhar o feminino passa por entender como essas duas energias atuam em mim e a partir de mim no meu mundo. Quando temos essas duas imagens, fica mais fácil saber como faremos isso na prática.

Sugestões para equilibrar o feminino e o masculino

Neste vídeo, sugiro dois caminhos para você trabalhar o equilíbrio do feminino e o masculino em você.

1) Observe onde esses dois princípios se aplicam

Ao longo do seu dia, tente categorizar se as suas atividades são mais masculinas ou femininas. Uma sugestão é que você trabalhe com as polaridades: o pensar e o sentir; a razão e a intuição, a luz e a sombra, a ação e a “não ação” etc.

Coloque essa lente e categorize quais atividades você faz que são mais yin e quais são mais yang. Isso é para você entender como acontece na prática, e também para ganhar mais consciência.

2) Observe se é possível equilibrar o seu “fazer” e o “não fazer”

Consciente dessa dinâmica de como os dois princípios atuam em você, observe se é possível equilibrar o seu “fazer” e o “não fazer”. Esse é um ponto que ajuda a deixar claro onde estão os desequilíbrios entre yin e yang.

Observe o excesso de atividade e os espaços de contemplação. Se você está com muita ação na sua rotina, coloque espaços de descanso, pausas e respiros em momentos – ao longo do dia e ao longo da semana. E se está com pouca ação, observe quais pequenas ações você pode colocar na sua vida para trazer a energia yang.

Somos compostas 50% da energia da nossa mãe e 50% da energia do nosso pai. Mulheres são, por fora, mais yin. E, por dentro, mais yang e homens são mais yang por fora e yin por dentro.

A notícia é que essa busca por equilíbrio acontece em todos os seres. Um bom radar pra sabermos se estamos indo no caminho certo ou não é quando conseguimos dançar entre esses dois caminhos. Quanto mais resiliência e habilidade pra brincar com as duas polaridades, mais gostoso fica. Quando conhecemos os dois caminhos, podemos escolher qual é a melhor energia pra determinados momentos da nossa vida.

Por que é tão importante falar sobre isso?

Ouço muitas mulheres dizendo que encontram dificuldades em trabalhar o feminino porque entendem que é preciso aniquilar sua energia masculina . Mas não é isso. Trabalhar o feminino é encontrar esse equilíbrio entre um jeito e outro. E não ser nem uma coisa em excesso, nem outra. É o caminho do meio e individual.

Quando comecei a fazer as pazes com as duas polaridades dentro de mim, minha vida começou a ficar mais fluida e consegui equilibrar a minha razão com minha intuição e com o meu sentir. E assim, com o passar do tempo, foi ficando cada vez mais gostoso ser quem sou.

Assista ao vídeo que fiz sobre esse tema:

Tem também o vídeo que fiz sobre trabalhar o feminino:

Se você tem vontade de fazer um trabalho desse em grupo ou individualmente, conte comigo. O feminino está sempre presente nos meus trabalhos. Pra conhecer mais, acesse o meu site.

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– O que é empoderamento e por onde começar?
– O que aprendi quando trabalhei a minha sexualidade?