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Empoderamento: você já ouviu essa palavra?
O que você sente diante dela?
Você se sente apropriada do seu poder?

“Empoderamento” e “empoderamento feminino” são termos polêmicos que geram bastante controvérsia e discussão entre os movimentos de mulheres.

A primeira vez que ouvi essas palavras, eu não sabia o que significava, mas lembro que chamaram a minha atenção. Elas estão presentes também no meu trabalho com mulheres e estão cheias de distorção e polêmicas. Algumas pessoas gostam muito delas e outras não. Mas eu sinto que o “não gostar” passa, muitas vezes, pela crise em relação aos aprisionamentos que as palavras trazem. Seria como excluir a mulher que não se diz empoderada.

Seguindo esse caminho, a moda é se apropriar de si, se empoderar. E é importante sempre estarmos atentas a novos mecanismos de controle e conceitos que, ao invés de nos libertar, continuam nos aprisionando.

Eu gosto muito do que empoderamento significa pra mim, a forma que eu enxergo essa palavra. Sinto que, quando falamos sobre empoderamento, geramos um bocado de “tem que”, geramos sensações de medo, frustração, euforia. Acredito que ele seja algo mais simples do que parece.

Pra te explicar o que entendo de empoderamento, trago uma imagem que me inspira muito. Ao longo da nossa existência, muitas vezes, nos sentimos inseguras diante de um relacionamento amoroso ou de amizade, de um emprego, ou de uma experiência nova. E diante dessas situações, acabamos deixando partes nossas nas mãos dessas pessoas ou situações que fomos desafiadas dentro da nossa expressão.

Ao deixarmos essas partes presas, aos poucos, ficamos com menos poder. É como se cada parte nossa estivesse ainda ligada a uma dessas experiências num tempo espaço emocional qualquer nos enfraquecendo.

Quando falo de empoderamento, é pegarmos de volta essas partes que deixamos, por algum motivo, na mão de alguém ou que estão presas em alguma experiência que nos desafiou.

Alguns exemplos práticos pra te explicar melhor:

Vamos supor que eu tive uma professora na escola que disse que eu não era inteligente ou que eu tinha dificuldade para aprender. Desde aquele dia eu acredito que sou uma pessoa que não consegue aprender com facilidade. É como se eu tivesse deixado a minha força nessa experiência, presa, de alguma forma, àquela cena.

Tive um namorado que criticou a forma como eu usava meu cabelo. E desde então eu sou uma pessoa insegura e não percebo que aquela experiência impactou muito a forma como me vejo. Nesse caso, deixei naquela cena ou na mão do meu namorado o poder de interferir na relação com a minha imagem.

Eu ouvia na minha casa, desde pequena, que eu era muito agressiva e precisava cuidar disso. E eu cresci tentando disfarçar e esconder a minha agressividade. Só que essa é uma força tremenda de colocar ideias no mundo, de criatividade. A consequência disso? Cresço sem essa força que a raiva traz, sem essa potência que me ajudaria muito a demarcar meus limites, ou a me colocar com assertividade.

Empoderamento, pra mim, é quando nos permitimos tomar de volta essas partes, também chamadas de potências, que ficaram presas em algum lugar da minha história. É resgatar a minha força, a minha luz, me autorizar a brilhar.

Sugestões para trabalhar o empoderamento no dia a dia

Três sugestões para quem quer trabalhar a sua força, o seu empoderamento, a sua luz.

1) Observe quais partes suas ficaram presas em algum lugar

Faça essa investigação principalmente nas partes que falam de seus potenciais e sua força no mundo. Olha pra isso e veja se é possível fazer um movimento de retomar essa força. Nomeie e tente trazê-la de volta. Não é tão simples, mas nomear e colocar essa intenção, gera um movimento energético muito poderoso. Parte do processo começa aí. Eu percebo e começo a ressignificar.

Esse exercício nos traz bastante consciência e, aos poucos, vamos resgatando nossas partes e voltando a ser inteiras.

2) Qual é a pior coisa que pode acontecer se você tiver poder?

Nós temos muito medo do nosso poder. Muitas vezes temos muito mais medo do nosso poder do que podemos imaginar. Alguns relacionamentos só existem se nos diminuirmos. Alguns empregos só perduram porque não temos plena consciência do nosso valor.

Tomar nosso poder nas mãos é incrível, mas também pode ser muito assustador, porque nos tira do lugar de permissividade e passividade.

Responda essa pergunta e talvez você descubra coisas muito importantes sobre o seu movimento de se apropriar de você mesma.

3) Nomeie os seus potenciais

Faça uma lista com seus potenciais. Os que você já sabe e, caso ainda não os conheça, pergunte para pessoas próximas que te querem bem.

Algumas perguntas que podem te ajudar nessa investigação:
– Quais são seus potenciais?
– O que você faz bem e sem esforço, com facilidade?
– O que você faz que te dá energia e entusiasmo?
– O que você faz para as pessoas que elas te agradecem?

Porque se empoderar passa por conhecer o nosso valor, nomear esse valor. Às vezes, a gente não conhece o nosso valor porque não sabemos aquilo que somos boas. Não aprendemos, não ouvimos do mundo. Faça essa lista. Isso faz com que a gente ganhe superpoderes. Cada potencial vai nos autorizando e, assim, ganhamos força.

Assista ao vídeo sobre empoderamento:

Empoderamento, pra mim, é essa autorização de assumirmos o nosso lugar no mundo. É deixarmos a nossa luz brilhar sem medo. É o que eu mais desejo: que as pessoas deixem suas luzes brilharem.

Seremos um mundo mais generoso e gentil quando isso acontecer. Quando cada um deixar transbordar a sua luz pessoal.

Tem uma frase que gosto muito que diz: “É nossa luz e não a nossa escuridão o que mais nos amedronta”. Por algum motivo, temos muito medo de brilhar, de sermos poderosas. Mas é um caminho possível de construção.

Se quiser me procurar para fazer qualquer trabalho de empoderamento, vou adorar te conduzir. Todos os meus trabalhos olham para o nosso poder, pra nossa força, pra nossa luz. Seja a Terapia, a Terapia Breve, ou Coaching.

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