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Você já se sentiu insegura diante de um encontro amoroso? Ficou cheia de perguntas, como: “Como devo me comportar?”, “Qual roupa devo vestir?”.

Ou já se sentiu desafiada diante de um novo relacionamento e ficou com medo e vergonha de se expressar?

Esses pensamentos fazem parte da vida de muitas de nós diante de uma relação sexual/amorosa ou de um novo relacionamento. E eles podem impactar a forma como lidamos com o nosso prazer.

Temos algumas pistas disso ao longo de nossas vidas, quando nos desenvolvemos como mulheres. Independentemente da sua orientação sexual, a nossa cultura heteronormativa diz que o prazer da mulher está a serviço do prazer do homem. Mesmo que você não viva uma relação heterossexual, essa dinâmica te impacta de alguma forma.

Os filmes pornôs influenciaram bastante a nossa educação sexual. São filmes que exploram o prazer da mulher de uma forma completamente diferente do que é a realidade. Eles impõem um bocado de caras, bocas, sons que não são reais na vida prática. Apesar disso, estamos compostas sim desse imaginário.

Mesmo que não tenhamos assistido esses filmes ou revistas desse universo, isso impacta a forma que nos relacionamos: se temos receio, se sabemos ou não fazer, como nos expressamos, como nos movimentamos. Isso porque isso já está colocado no mundo quando começamos a nossa vida sexual.

Isso gera insegurança e nos convida a performar, a nos desconectar do sentir e nos apegarmos ao que vai agradar o outro.

É fundamental olharmos para isso se queremos nos sentir livres para expressar nossa sexualidade.

Sugestões pra você se conectar com seu prazer

Quero deixar algumas sugestões para quem quer explorar mais esse tema da performance e prazer ou da não performance que te leva para um lugar de mais gostosura e de leveza.

1) Se conheça e saiba o que te dá mais prazer

Qual é o tipo de toque que você mais gosta? Gosta de um mais sutil ou presente? Quais são os aromas que prefere? O que te excita sensorial e eroticamente?

Te convido a observar o que te excita e a explorar seu corpo. Entenda o que você gosta e
onde mora o seu prazer. Se aproprie daquilo que você gosta e do que não gosta.

Ao ter essa consciência, perceba os seus avanços sem a necessidade de performar e agradar o outro, em detrimento do seu prazer.

Assista ao vídeo que fiz sobre como podemos acordar o nosso prazer:

E ouça a série de podcasts sobre o despertar dos sentidos:

Episódio 1 – O toque | Um mergulho pelos nossos sentidos
Episódio 2 – O sabor | Um mergulho pelos nossos sentidos
Episódio 3 – O cheiro | Um mergulho pelos nossos sentidos
Episódio 4 – O som | Um mergulho pelos nossos sentidos
Episódio 5 – A visão | Um mergulho pelos nossos sentidos
Episódio 6 – O sentir | Um mergulho pelos nossos sentidos

2) Esteja presente! Esteja no seu corpo!

Na próxima vez que você estiver em uma relação amorosa, busque ficar no corpo, sem fugir para o imaginário. Permita-se sentir! Muitas vezes aprendemos que quando imaginamos uma cena, nós nos excitamos mais, mas isso nos desconecta do nosso corpo.

Pode ser muito legal ficar no sentir, sem ter que se preocupar como é que você se coloca, como se movimenta, qual é a forma que o outro gosta. Isso tudo é bom, mas não pra anular o nosso prazer, nem para nos deixar tensas.

Sinta e observe a sua necessidade de performar. É importante dizer que não estamos falando de fazer uma dança ou de fazer uma performance para excitar o outro, uma brincadeira gostosa, divertida..

Quando falo de performar, estou falando:

– De interagir a partir de um personagem.
– De fazer expressões que não necessariamente são suas.
– E também do tolhimento da sua expressão (se o outro vai gostar do seu corpo, de como se movimenta, etc.)

Se estamos preocupadas com a performance, nós não relaxamos. O prazer existe quando conseguimos relaxar.

3) Medite

Crie o hábito de meditar. Se o tempo todo estivermos no futuro ou nos relacionando com o passado, dificilmente vamos conseguir nos conectar com o presente quando estivermos com alguém em uma relação corporal ou sexual.

Mas pra estar presente no corpo durante uma relação sexual é importante treinar estar presente na vida. Meditar é um bom caminho para praticar a presença. Se você tem dificuldade com isso, comece com cinco minutos por dia, exercendo a presença no corpo, no seu sentir. Isso vai facilitar bastante na hora da relação sexual.

O mundo externo toma bastante do nosso tempo e estamos sempre criando, planejando, agindo. Meu convite é parar e perceber não só o nosso corpo, mas as nossas emoções. Quanto mais tivermos consciência das nossas emoções, mais conhecemos o que faz e o que não faz sentido em nossa vida. E assim vamos, aos poucos, nos aproximando do feminino.

Explorar o sentir e sair da performance nas relações de prazer é um verdadeiro ato de transgressão desse sistema que tenta controlar nossa expressão como Mulher.

O caminho é observarmos a performance além do ato sexual, no dia a dia também. Quando performamos, nós nos desconectamos da nossa verdade. Quanto mais nos autorizamos viver a nossa expressão de forma natural e livre, mais relaxamos e podemos sentir prazer não só na relação sexual, mas na vida. E esse é um dos grandes objetivos do meu trabalho.

Você sente que quer aprofundar mais o seu conhecimento nesse assunto? Nós fazemos isso na Jornada de Sexualidade que anfitrio e que vou iniciar a quarta turma em maio deste ano. Se te interessar, preencha a lista de intenção que preparei para te avisar assim que abrir as inscrições.

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