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Você já deve ter feito essa pergunta, ou a ouvido de alguém.

Ou mesmo entrado em contato com outras possíveis versões dessa mesma frase:

  • Mas eu não sou louca? Pra que vou fazer terapia? 
  • Terapia? Mas isso não é só pra quem é fraco?
  • Qual o sentido de ir lá uma vez por semana falar da minha vida? Eu tenho amigas, posso chamá-las pra um café e não vou precisar gastar dinheiro com isso.
  • Até queria fazer terapia, mas deve ser caro demais. 

São tantos os estigmas, preconceitos, pré-conceitos e tabus que envolvem esse tema que fiquei com vontade de compartilhar um pouco da minha história e como hoje, sendo terapeuta, olho pra essas crenças e percepções sobre algo que é tão importante na minha vida.

 

EU SEMPRE DESEJEI FAZER TERAPIA 

Eu tinha uns 15 anos quando desejei fazer terapia pela primeira vez.

Sabia quase nada sobre o tema, mas tinha uma sensação que um terapeuta poderia me ajudar. 

Sempre fui uma menina com uma boa percepção de mim e dos meus sentimentos. Escrevia diários e agendas, cartas e bilhetes pros amores e amigos.

Escrever era uma via de expressão e de organização do que eu, muitas vezes não sabia que estava sentindo.

Venho de uma família emotiva, que chora fácil, mas que me ensinou a dissimular o que eu sentia pra que os outros não notassem; por isso meus escritos eram meu espaço de desabafo e, muitas vezes, de desague.

 

MINHA PRIMEIRA VEZ NA TERAPIA 

Aos 17 anos, tive a chance de ir pela primeira vez à uma sessão de terapia. 

Lembro de chegar lá e dizer pra terapeuta: – Eu vim aqui porque tem uma questão que me intriga e que me faz sofrer. Eu emagreço e não consigo permanecer magra. Engordo de novo e isso me deixa intrigada. Queria descobrir porque isso acontece. 

Meu desejo era que ela me desse a chave pro meu enigma, que ela soubesse a resposta pra minha angustiante pergunta. Mas a resposta que ela me deu, confesso, foi um pouco frustrante. Me disse ela: – Não existe uma receita de bolo a seguir; preciso construir com você os melhores ingredientes pra fazer o seu bolo. 

Não entendi muito bem o que ela queria dizer, mas foi desconcertante saber que aquela mulher não tinha a solução pro meu problema. Ou melhor, ela não tinha a solução mágica que eu estava procurando.

 

A VIDA SEGUIU 

Entrei na faculdade e precisei parar a terapia. Não tinha dinheiro pra pagar as duas coisas. O problema com emagrece/engorda/emagrece permanecia.

Casei, tive filhos, a vida continuou, os desafios mudaram e a vontade de fazer terapia permanecia viva em mim. Meu parceiro, naquela época, não entendia o valor disso e eu não tinha autonomia financeira pra bancar meu desejo. 

Foi quando vivi uma grande crise no casamento e fiquei muito fragilizada. Achei que fosse enlouquecer. Estava muito perdida, vulnerável e entendi que fazer terapia era o único caminho de “salvação” de mim naquele momento.

Mergulhei em mim!

 

MEU PRIMEIRO MERGULHO 

Maísa foi minha primeira terapeuta. (digo primeira porque a experiência dos 17 anos foi muito curta e interrompida precocemente). Cheguei pra ela totalmente fragilizada. Eram muitos os meus “pontos a serem curados”. Ela foi gentil e me ajudou a acolher as dores mais eminentes, colocando curativo, me orientando para questões muito práticas e também nas questões profundas que precisavam de mais tempo. Foi um bonito primeiro processo terapêutico. Tive algumas fases com a Maísa e sou muito grata por ela ter me apoiado, me dado colo e por ter sido meus olhos nos momentos que não podia enxergar a luz. Com ela comecei a olhar pra mim e descobrir a importância da terapia, ou melhor, a importância de um espaço de autocuidado.

 

MAS PRA QUE FAZER TERAPIA, AFINAL? 

  • Pra cuidar da gente

Sabe aquela orientação que recebemos no avião sobre a máscara de segurança? 

Coloque primeiro a máscara em si e só depois, coloque no outro.

Pra mim, fazer terapia é cuidar de mim pra, depois (e só depois) eu poder cuidar do outro (seja o outro filho, aluno, marido, trabalho, casa, família, projetos ou amigos).

Se eu não estou bem comigo, como vou me relacionar de forma saudável?

Se eu não me cuido, como vou conseguir produzir/cuidar/criar qualquer coisa?

Se eu não sei quais são as minhas necessidades, como posso apoiar alguém com as necessidades dela? 

  • Porque se conhecer é libertador

Quando aprendemos sobre nós conseguimos entender qual a nossa verdade e quais são verdades/crenças/valores que nos foram impostos pela família, escola, grupos nos quais transitamos ao longo da vida. Ganhar clareza disso, nos dá a permissão de sermos nós mesmas, sem medo de sermos julgadas ou inadequadas.

  •  Porque a Vida fica mais leve

Desempenhamos muitos papéis: mãe, filha, namorada, amante, profissional, amiga.  Administrar todas essas mulheres dá trabalho e é muito desafiador. A terapia nos apoia a encontrar equilíbrio nessa dança. Traz leveza e abre espaço pra olharmos para o que é essencial e necessário. 

  • Aprendemos a construir relacionamentos saudáveis

Ao nos conhecermos, nos tornamos conscientes de que só a mim cabe a minha felicidade. Desde cedo aprendemos, enquanto meninas, a colocar muitas expectativas num relacionamento. Alguém que vem nos “salvar” e “completar”.  A terapia nos apoia a construir autonomia emocional e a sermos responsáveis pelas nossas necessidades e desejos. 

  • Melhora a autoestima

A Terapia nos apoia a enxergar nossa autenticidade, nosso valor, nossos potenciais. Quando a gente começa a se ver com mais amorosidade, podemos nos acolher com mais facilidade e a gostar da gente como somos. Descobrimos e construímos nossa auto imagem e nos apropriamos do nosso Poder.

 

O QUE GANHEI FAZENDO TERAPIA?

  1. Aprendi que tudo isso é possível, mas que é uma construção. Um processo de construção. Não existe receita de bolo, como bem me ensinou minha primeira experiência terapêutica.
  2. Construí minha autoestima devagarinho, me libertando de padrões que me aprisionavam e me afastavam da minha essência autêntica.
  3. Encontrei conforto em habitar meu próprio corpo com respeito e olhar generoso.
  4. Me tornei mais resiliente para lidar com os altos e baixos da Vida sem me deixar tomar pela intensidade das minhas emoções.
  5. Ganhei uma profissão nova. Me apaixonei tanto pela minha jornada de autoconhecimento que desejei apoiar outras mulheres a também mergulharem em si com leveza e gentileza.

Fazer terapia me trouxe “de volta pra casa”.

De volta pra minha casa/alma/essência/corpo.

Muitos podem ser os MERGULHOS que nos levam de “volta pra casa”.

E eu estou disponível pra você.

Se quiser marcar uma conversa, me escreva!