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Como você vive o prazer?
Você sente que conhece toda a potência de prazer do seu corpo?
Você sente que seus medos, traumas e dores impactam a sua relação com o prazer e a sexualidade?

Essas questões estão muito vivas em meus atendimentos no consultório e também na vida de muitas mulheres. E mesmo que você não tenha vivido situações traumáticas ou dolorosas, as mulheres que vieram antes de você provavelmente viveram e isso nos afeta. As memórias das nossas ancestrais vivem em nós.

O campo do inconsciente coletivo e da sexualidade feminina é composto por muitas dores, traumas e medos quando o tema é a expressão da nossa sexualidade e a relação com o nosso prazer.

É um tema denso, que movimenta muitas memórias e emoções, e eu quero falar sobre ele com muito respeito a todas histórias de abuso que foram vividas em relação à sexualidade.

O primeiro passo para qualquer cura é olhar para o que precisa ser curado. Quando olhamos, assim podemos acolher, curar e fazer passos para viver essa sexualidade de forma saudável e gostosa. Nem sempre é fácil fazer isso, mas com gentileza e respeito é possível ir cuidando disso tudo.

Eu sinto que o prazer feminino é um tema de muito controle em relação a nós, mulheres. E, quando fazemos movimentos para nos apropriarmos do nosso prazer e da nossa sexualidade, entendo que esse é um grande ato político. Um ato de transgressão.

Isso porque somos muito controladas no nosso prazer. Desde meninas ouvimos muitos “nãos” para o nosso prazer, somos ensinadas a dizer não para ele, principalmente para o prazer sexual e o erótico.

Como aprendemos a dizer não para o nosso prazer, e castramos a nossa expressão como mulheres, porque não começar a dizer sim para toda a potência de prazer que temos que sentir?

Sugestões para trabalhar medos, dores e traumas

Compartilho, com muito respeito, três sugestões para você trabalhar seus medos, dores e traumas em relação a sua sexualidade. Destaco esse cuidado porque sei o quanto é difícil para muitas de nós olhar para esse tema.

1) Como você descobriu o seu prazer sexual?

Olhe para o seu prazer, suas memórias, sua história. Revisite essas memórias. Como você viveu esse início com a relação do seu prazer sexual? Anote, escreva, entre em contato com isso. Só de fazer esse movimento pode organizar essas informações e curar o que precisa ser curado.

2) Escreva seus medos, traumas e dores

Mais do que escrever sobre eles, escreva quais são eles. Às vezes, o primeiro passo para a cura é nomear. Quando nomeamos, nós incluímos. Isso faz parte da nossa história e do que somos. Só de fazer isso, estamos fazendo um movimento de cura porque estamos incluindo. Acredito que a cura está na integração. Quando abraçamos, incluímos. Mesmo que essa história seja dolorida e desafiadora, essa é a história de cada uma de nós.

3) Olhe para essa lista e veja o que sente

Quais são as suas necessidades em relação a essa lista? Você precisa de ajuda para dar conta delas? Pedir ajuda é um grande ato de coragem. Tome consciência das suas necessidades e veja se precisa ou não de ajuda para isso.

Assista ao vídeo que fiz sobre esse assunto:

A importância de olhar para isso e jornada de sexualidade

Eu já testemunhei processos de cura com histórias muito dolorosas para muitas mulheres em relação à sexualidade. Foram processos bonitos de ter acompanhado. Vê-las se autorizando a viver seus prazeres e sua sexualidade de uma forma diferente, conta que sim, precisamos viver a nossa sexualidade. É nosso direito viver a nossa sexualidade de forma prazerosa.

Se você sente que eu posso te apoiar, te convido para participar da Jornada Vivendo nossa Sexualidade, onde anfitrio mulheres em seus processos de mergulho na sua sexualidade e de cura das suas questões.

Tenho também outro trabalho de terapia em grupo, que é o Mulheres em Terapia Online.

Se por acaso você quiser falar sobre esse tema, mande sugestões para outros vídeos, me manda mensagem pelo Instagram.