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“Como deixar a mulher que habita em mim se expressar livremente?”. Essa é uma pergunta que me toca profundamente. Eu a fiz durante muitos anos e ainda a faço. É uma investigação contínua que, além de mim, muitas mulheres também fazem seja nos meus trabalhos em grupo ou no meu consultório.

Ela é uma pergunta muito poderosa que sempre faço pra mim pra saber o que mais me impede de viver com mais liberdade, como uma mulher sexual que sou? Como me expressar sem medo e com conforto no mundo? E olhar para essa pergunta me faz olhar para nossa história como humanidade.

Uma mulher sexual, apropriada do seu prazer, que sente conforto em habitar seu próprio corpo, que não tem neura sobre julgamento alheio… tudo isso são características de uma mulher que não se controla. E o patriarcado não quer uma mulher que não seja passiva de controle.

A nossa sexualidade nos foi tomada justamente para que estivéssemos sob controle de um sistema muito perverso que aniquila a nossa expressão como mulher. Esse sistema nos vende o tempo todo a mensagem de que o nosso corpo não é bom, que nossa expressão não é adequada, a forma que educamos nossas crianças não está certa e aí por diante.
Ele também se envolve na forma que atendemos ou não o nosso parceiro – falando de uma parceria com o masculino em uma cultura heteronormativa – que é muito vigente no nosso inconsciente coletivo.

E ainda tem mais um ponto: esse sistema gera escassez o tempo todo. Diz que não somos boas o suficiente e que a forma que vivemos não está certa. Uma consequência disso é que ficamos perdidas. Não sabemos quem somos e o que gostamos. Não tivemos uma educação que eleva nossa autoestima, mas sim que tolheu a nossa potência, quem somos e toda a nossa força feminina.

E é por isso que a pergunta principal, do começo do texto, é tão importante não só pra mim, mas para outras mulheres. Ela me mobiliza tanto que faz com que eu empreenda trabalhos para anfitriar mulheres em espaços onde elas podem ser elas mesmas integralmente, livremente, visceralmente.

Muitas de nós não têm esse repertório. Não sabemos nem por onde começar quando queremos nos sentir livres. Eu vivi isso em alguns momentos e acompanho muitas mulheres que querem viver de forma livre e encontram desafios ao longo desse caminho.

Como se expressar livremente como mulher?

Se quiser mergulhar um pouco neste tema, vou deixar alguns caminhos que uso nos trabalhos que faço com mulheres.

1) O que me impede de ser uma mulher livre?

O que nos impede de sermos a mulher que somos na nossa essência passa pelos nossos medos, julgamentos, preconceitos e tabus. Então investigue quais são os seus medos, julgamentos, preconceitos e tabus? Anote, faça uma lista e veja o que essas informações te contam.

O que está te impedindo de viver de forma tão gostosa e prazerosa? O que te impede de viver encaixada no corpo sem sentir o tempo todo que você está inadequada? Olhe para essas perguntas, responda-as e anote no papel.

2) O que eu ganho se eu viver a minha sexualidade livremente?

Será que dou conta disso? Será que o que eu ganhar vai me colocar em um lugar muito assustador? Será que ele vai trazer mudanças? Pode ser que sim. Pode ser que dê medo. Pode ser que o ganho seja muito assustador.

3) E se você dançar com essa mulher que existe dentro de você?

Quais pontos você identifica que são naturais em você? O que a dança te conta e que você ainda não conhece? Será que você tem medo do que não conhece? Será que isso te conta sobre os seus preconceitos e julgamentos?

Dance com essa mulher que é a sua expressão autêntica e genuína. Coloque uma playlist com músicas que você gosta muito e dance. Isso pode trazer muitas ferramentas, insights e recursos pra você que quer experimentar esse caminho de viver livremente a sua sexualidade.

Assista ao vídeo que fiz sobre esse assunto:

Caminhos para descobrir a mulher que habita em você

Gosto muito de trabalhar com a sexualidade como caminho de autoconhecimento e a forma que escolhi fazer isso é pouco a pouco. Isso porque são temas muito desafiadores de olhar, porque mexem muitas coisas dentro de nós.

Por isso, proponho a Jornada Vivendo nossa Sexualidade, em um formato anual. São 10 módulos, 10 encontros, 10 temas diferentes onde mergulhamos juntas no universo do autoconhecimento pelo olhar da sexualidade. Fazemos isso juntas, num círculo de mulheres que se apoiam e inspiram.

Eu fico muito tocada pelo caminho percorrido pelas mulheres. É muito lindo vê-las se apropriando com gentileza de quem são. E assim construímos um mundo em que podemos ser quem somos, sem medo, em segurança. Mesmo porque só mudamos o mundo se nós mudamos.

E quanto mais seguras estamos, mais nos sentimos protegidas, mais podemos relaxar e nos expressar livremente. Mas esse é um trabalho para mulheres adultas. É pra quem sustenta, segura, entende que é responsável por desenvolver suas competências, habilidades, potenciais.

Se você é uma mulher adulta, responsável por você, e está a fim de trilhar esse caminho anfitriada por alguém, eu posso segurar sua mão e te levar comigo na Jornada Vivendo nossa Sexualidade.

Se você quiser experimentar esse caminho, te convido a vivenciar o Workshop Corpo e Prazer, que darei no dia 8 de maio. Ele vai ser uma amostra generosa do que vamos viver juntas na Jornada que vai começar dia 22 de maio. Vou adorar testemunhar você expressando livremente sua presença no mundo.